Boas, voltei agora de uma viagem a Madrid e por isso só agora pude contestar aos comentários aqui presentes.
Quanto à questão levantada com respeito à Multidados e à ComSuaLicença não me irei imiscuir, dado que não me diz respeito. Não estou a “fugir com o rabo à seringa” como se costuma dizer, pois também a Canalmail, a qual represento em Portugal, enviou e envia campanhas da Deco Proteste. Portanto, de certa forma, tenho interesse nesta discussão ao artigo publicado, que comecei a comentar devido ao primeiro comentário a fazer referência à minha empresa.
No entanto, não temos a mesma forma de procedimentos como antes foi relatado. A Canalmail não tem os mesmos processos da ComSuaLicença e da Multidados, como nunca teve. O nosso modelo de negócio baseia-se na permissão expressa dos subscritores em receber as nossas comunicações mediante determinadas áreas de interesse que a pessoa escolhe aquando do registo, tendo sempre a possibilidade posterior de anular a subscrição, alterar os seus dados, incluindo o seu endereço de e-mail.
Creio ter sido mal interpretado pelo Paulo Querido quando mencionei que “Resulta” o processo utilizado por algumas empresas em enviar sem autorização expressa das pessoas. Não que eu esteja a referir que as outras empresas mencionadas o tenham feito porque não conheço o seu modus-operandis, apesar de saber não ser exactamente igual ao meu, mais que não seja, devido ao modelo de negócio. O que eu transmito é que apesar de existirem empresas legítimas e que trabalham com as melhores práticas nesta variante de marketing online, ainda persistem em utilizar outras bases de dados e outras empresas pelo único motivo do preço. Ou seja, como são mais baratas, tornam-se acções mais rentáveis para as mesmas.
Mas será o melhor para empresa e para a sua marca? Certamente que não. Como se utiliza bases de dados de SPAM, a maior parte da BD é desactualizada ou está obsoleta, dado que os seus utilizadores já saturados de estarem a receber emailings de várias fontes, mudam rapidamente de endereços. Além disso, o efeito negativo de enviar a quem nunca solicitou essa informação é um dano que anos de investimento a criar uma marca não coíbem de destruir em poucos segundos para aquele utilizador em específico. Na verdade, é como efectuar uma campanha ao contrário: Como aniquilar a minha marca a milhares de utilizadores?
É algo que me ultrapassa, mas que me esforço sempre por ir dando o meu feedback e negociar com os meus clientes a melhor forma e ética de o efectuar. Mas a decisão é sempre do cliente.
Para se ter uma noção de como nos esforçamos por mudar a consciência dos nossos clientes e para preservar os nossos subscritores, neste ano que vem iremos pausar os envios da Deco Proteste na nossa base de dados, apesar da crise mundial e do decréscimo de investimento por parte das maiores empresas internacionais. Pelo menos enquanto se verificarem formas menos claras na utilização da sua comunicação e de adesão às suas publicações.
Temos um acordo que nos leva a comunicar o seu produto ainda em Dezembro, mas a partir de Janeiro de 2009 serão pausadas ou mesmo canceladas enquanto certos critérios não tiverem sido esclarecidos. Isto, para se ver o quanto nos comprometemos para com os nossos subscritores e a qualidade da informação que enviamos.
Também respondendo aos comentários de Pedro Freire Alves, do próprio Paulo Querido e dos restantes de uma forma mais geral, com relação às anulações de subscrição compreendo a vossa posição. Realmente, anular a subscrição de um serviço que nunca solicitaram é incongruente e pode ser ainda mais lesivo quando utilizado de uma forma menos ética. Mas com relação à Canalmail, que afirmo novamente, diz respeito a subscrições efectuadas por vossa livre vontade (quem as está a receber), caso queiram anular a vossa subscrição tem mesmo de clicar no link para o efeito abaixo no rodapé de cada mensagem nossa enviada. É a única forma de sabermos que é realmente o João Silva ou a Fiona Barros que se está a anular de subscrição porque o link carrega um código único. Quando se chega à página, o link confirma a anulação e o subscritor recebe uma mensagem automática a confirmar a anulação e identifica a origem do seu registo, assim como o IP da altura, dia do registo, etc… Fica tudo claro.
O tempo de latência entre a anulação de subscrição e a remoção REAL da base de dados mencionamos 72 horas porque por vezes, as BDs já foram preparadas previamente para campanhas a sair dentro desse tempo e tecnicamente é impossível remove-las antes desse período de tempo.
Quanto ao facto dos IP’s a bloquear, isso é obsoleto a meu ver. É preferível ser por domínio. A Canalmail nunca envia por um domínio externo. Utiliza os emails com domínio canalmail.com.pt ou canalmail.pt ou canalmail.com, por exemplo. Nunca por um gmail.com ou um outro provider. Caso queiram anular a subscrição por domínio, ficam assim a saber os nossos para os bloquear. Mas não seria mais proveitoso não se inscreverem na nossa BD ou então remover a subscrição.
Peço que façam o seguinte, inscrevam-se através de algum dos nossos afiliados com um endereço que utilizem apenas para os emails lixo e depois anulem-se na mensagem de confirmação de subscrição que recebem, para ver se funciona e como é a mecânica. Assim saberão se estou a dizer a verdade e não arriscam com os vossos endereços pessoais.
Bom, perdoem o comprimento do comentário, mas assim penso ter respondido a quase tudo. Caso tenham mais questões, basta mencionar.
Abraços,
Rui Nunes